11.12.06

1. Prefácio e Explicação preliminar

Todo o católico sabe que a busca desenfreada do prazer em pensamentos, desejos e, mais ainda, em actos sensuais, a sós ou com outros, é falta grave, muito mais se as pessoas tiverem comprometidos por vínculos.
A castidade é uma virtude para a qual é preciso formar a mente, desde jovem. Por isso, o livro presente dirige-se a essa camada da sociedade. É composto de três partes:
- primeiramente procura limpar terreno, afastar ideias confusas;
- para depois incidir na realidade humana natural, fruto da experiência;
- por fim, ascende a ideias mais espirituais [motivos e sanções espirituais].

O Homem possui um corpo e uma alma, por isso não se pode viver pensando e actuando como se não se tivesse o elemento natural. É por meio dele que se pode agradar a Deus.
Ora o corpo tem, inerente, vários instintos:
- o de conservação: comer e beber ou a necessidade de defender-se;
- o de propriedade : a procura de bens materiais;
- o de reprodução: o desejo de deixar descendência.
Todos estes instintos podem estar ordenados e subordinados pela recta razão, ou, negativamente, podem tomar o primeiro lugar, escravizando o homem, fazendo dele respectivamente, um glutão e/ou bêbado – sem domínio dos nervos, um cleptomaníaco, e um maníaco sexual.
O prazer sexual é algo bom, agradável, senão ninguém o praticaria; mas perante uma recta razão põem-se o dever moral: “isto causar-me-á prazer, mas as circunstâncias são indevidas; então não o farei!”
Qualquer confusão no campo da sexualidade - quer seja proceder como se não tivéssemos corpo; pensar que o instinto sexual é algo perverso; ter repugnância pelos actos sexuais – qualquer confusão pode levar a dois extremos opostos: ou a escrupulosidade ou a leviandade.

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