- A constatação que o ideal que animava a comunidade cristã primitiva (Act 4,32) era irrealizável para a Igreja universal. Já em Corinto, Paulo lutava contra dificuldades neste domínio (1 Cor 11,20-22);
- Este ideal renasceu com o monaquismo e permanece vivo na Vida Religiosa;
- A comunidade religiosa procura imitar a comunidade das origens, tendo como princípio básico: ninguém considerar nada seu e tudo colocar em comum;
- A vida religiosa, como sinal de fraternidade evangélica, exige uma incondicional partilha de tudo o que se é e se tem. Na base desta afirmação está uma exigência de amor: a comunidade de bens é sinal e expressão da comunidade de amor;
- O mais importante é partilhar com os irmãos da comunidade tudo o que se tem;
A POBREZA, SINAL DE FRATERNIDADE UNIVERSAL
1. ANÚNCIO DO AMOR DO REINO MEDIANTE A POBREZA
- Exigência de uma absoluta disponibilidade em favor dos demais;
- Necessidade de mostrar o verdadeiro significado dos bens do mundo: servir o homem;
- Exigência de que os mais necessitados sejam os beneficiários do nosso amor e dedicação: os bens da vida religiosa devem ser sempre bens dos pobres de Deus;
2. DENÚNCIA DO GRANDE OBSTÁCULO QUE SE OPÕE À FRATERNIDADE: A INJUSTIÇA SOCIAL
- A justiça social é um princípio básico da fraternidade humana;
- A justiça social é o primeiro passo em direcção ao amor e a primeira condição para a fraternidade;
- A justiça social assenta no princípio que todos e cada um dos homens têm direito de dispor do necessário para viver e realizar-se dignamente como pessoas humanas;
- A propriedade privada não constitui um direito incondicional e absoluto;
- A injustiça social inverte os valores evangélicos, porque não se serve o homem;
- A vida religiosa deve denunciar a injustiça social como consequência e exigência do testemunho do amor evangélico, que é anúncio da justiça do Reino:
- A importância histórica das obras de beneficência;
- A desactualização das mesmas obras de beneficência, que podem ser um insulto para a pessoa humana;
- A Vida religiosa é chamada a ser esperança e a defender os direitos dos pobres;
* O anúncio da justiça do Reino e a denúncia da injustiça do mundo exigem à vida religiosa, como primeiro passo imprescindível, evitar toda a forma de injustiça social;
* Algumas formas de injustiça social em que a vida religiosa cai frequentemente:
o incumprimento dos deveres de justiça para com os empregados, trabalhadores e professores; - Os bens mortos;
- O abandono a que são votados os sacerdotes e religiosos que deixam o estado sacerdotal e/ou religioso;
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