6.4.07

A POBREZA COMO SINAL DE FRATERNIDADE EVANGÉLICA

  • A constatação que o ideal que animava a comunidade cristã primitiva (Act 4,32) era irrealizável para a Igreja universal. Já em Corinto, Paulo lutava contra dificuldades neste domínio (1 Cor 11,20-22);
  • Este ideal renasceu com o monaquismo e permanece vivo na Vida Religiosa;
  • A comunidade religiosa procura imitar a comunidade das origens, tendo como princípio básico: ninguém considerar nada seu e tudo colocar em comum;
  • A vida religiosa, como sinal de fraternidade evangélica, exige uma incondicional partilha de tudo o que se é e se tem. Na base desta afirmação está uma exigência de amor: a comunidade de bens é sinal e expressão da comunidade de amor;
  • O mais importante é partilhar com os irmãos da comunidade tudo o que se tem;

A POBREZA, SINAL DE FRATERNIDADE UNIVERSAL

1. ANÚNCIO DO AMOR DO REINO MEDIANTE A POBREZA

  • Exigência de uma absoluta disponibilidade em favor dos demais;
  • Necessidade de mostrar o verdadeiro significado dos bens do mundo: servir o homem;
  • Exigência de que os mais necessitados sejam os beneficiários do nosso amor e dedicação: os bens da vida religiosa devem ser sempre bens dos pobres de Deus;

2. DENÚNCIA DO GRANDE OBSTÁCULO QUE SE OPÕE À FRATERNIDADE: A INJUSTIÇA SOCIAL

  • A justiça social é um princípio básico da fraternidade humana;
  • A justiça social é o primeiro passo em direcção ao amor e a primeira condição para a fraternidade;
  • A justiça social assenta no princípio que todos e cada um dos homens têm direito de dispor do necessário para viver e realizar-se dignamente como pessoas humanas;
  • A propriedade privada não constitui um direito incondicional e absoluto;
  • A injustiça social inverte os valores evangélicos, porque não se serve o homem;
  • A vida religiosa deve denunciar a injustiça social como consequência e exigência do testemunho do amor evangélico, que é anúncio da justiça do Reino:
  1. A importância histórica das obras de beneficência;
  2. A desactualização das mesmas obras de beneficência, que podem ser um insulto para a pessoa humana;
  3. A Vida religiosa é chamada a ser esperança e a defender os direitos dos pobres;
    * O anúncio da justiça do Reino e a denúncia da injustiça do mundo exigem à vida religiosa, como primeiro passo imprescindível, evitar toda a forma de injustiça social;
    * Algumas formas de injustiça social em que a vida religiosa cai frequentemente:
    o incumprimento dos deveres de justiça para com os empregados, trabalhadores e professores;
  4. Os bens mortos;
  5. O abandono a que são votados os sacerdotes e religiosos que deixam o estado sacerdotal e/ou religioso;

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